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As festas (Eid) do Profeta Muhammad (ﷺ)

Após a migração, O Mensageiro de Allah (ﷺ), que viu que havia dois feriados em Medina, deu a notícia de que Allah (ﷻ) concedeu duas bênçãos melhores do que aqueles dias, e assim, o Eid al Fitr e o Eid al- Adha começaram a ser celebradas. Tanto o Eid al Fitr quanto o Eid al-Adha são dias de festa que Allah (ﷻ) concedeu aos muçulmanos após dois processos essenciais de adoração (jejum e peregrinação)1. A esse respeito, o Eid do Ramadã e o Eid al-Adha expressam a alegria de ter recebido a misericórdia de Allah porque de cumprir a exigência de servidão após o processo desafiador. No mesmo tempo são os dias nos quais os crentes visam alegrar os necessitados e pobres.

Em todos os aspectos da vida, o Profeta (ﷺ) representa o cume de servidão e quando o Ramadan chegava, ele se transformava em um estado espiritual totalmente diferente. Conforme dito pela nossa mãe Aisha (r.a.) ele parecia um forte vento que leva tudo que fica na sua frente. Ele também incentivava seus companheiros, lembrando-os de que deveriam ajudar os necessitados em todas as oportunidades durante este mês.

Havia outro motivo específico para fazer este lembrete nos dias próximos à festa do Ramadan; o Profeta Muhammad (ﷺ) disse que todos os crentes homens e mulheres, independentemente de sua posição na vida social, deveriam dar uma caridade adequada (Fitr), e afirmou que isso deveria acontecer antes do dia do Eid (festa), para que esta caridade não perca sua essência e se torna qualquer uma. A esse respeito, a Sadaqa-i Fitr é um decreto emitido antes do zakat, que é obrigatório, que é favorável a homens e mulheres crentes. 2

Ele (que a paz esteja com ele) começava a celebrar seu Eid (festa) iluminando suas noites (rezando); "Quem passa as noites de dois Eids (festa) orando e buscando por sua recompensa apenas de Allah, seu coração não morrerá no dia em que os corações morrem!"9 Ele também alertava seus Companheiros para que eles aproveitam essas noites de oportunidade, que são capturadas duas vezes por ano, com atos que agradam Allah

Os dias de Arafa e Eid eram os dias em que se dava mais atenção ao vestir, que era mais sensível à limpeza, e o Mensageiro de Allah (sallallahu alayhi wa sallam) começava o dia Eid com banho completo, como fazia quando começava a cada tarefa importante. Ele cuidava de suas roupas, perfumava-se com bons aromas e usava turbante na cabeça3.

Ele começava ao dia do eid comendo algumas tâmaras na quantidade ímpar, e encorajava seus Companheiros façam o mesmo. Assim ele praticamente declarava que aquele dia não está de jejum4. A situação era diferente em o Eid al-Adha; que no dia do Eid Al Adha, o Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele) começava a comer e beber com o fígado do animal sacrificado. Quando Ele recitou um sermão em uma das festas do sacrifício ele disse: “Começamos o dia orando, depois sacrificamos; quem seguir (essa ordem) isso significa que segue nossa sunnah!


Ele encorajava todos, homens e mulheres, crianças e crianças, velhos, a virem para as orações da festa, pedia às mulheres que viessem à área de oração mesmo que não podiam orar por causa de suas doenças e queria que elas testemunhassem o cenário deslumbrante. Para confirmar isso, ele às vezes levava suas filhas e nossas mães (suas espoas) com ele para a oração do eid e encorajava especialmente seus parentes próximos irem com ele, que são Fadl Ibn-i Abbas, Abdullah Ibn-i Abbas, Ja'fer Ibn-ebi Talib, Hazreti Ali, Hazreti. Também ele levava os jovens que estavam por perto dele, como Hasan, Hazrat Huseyn, Usama Ibn-i Zeyd, Zeyd Ibn-i Hârise e Ayman Ibn-i Ummi Ayman e vinha à oração levantando suas vozes abençoadas com takbir e tahlil.


Ele pegava itinerários diferentes na ida a mesquita e na volta a casa, e queria que seus companheiros fizessem a mesma coisa. Ele buscava estender seu caminho de ida máximo possível para orar, e de modo que o caminho de volta fosse mais curto do que sua ida5. Com essas escolhas, era parecia que Profeta (sallallahu alayhi ve wa sallam) inspecionava seus companheiros, mantinha o pulso da sociedade entrando em contato com mais pessoas e queria que cada canto fosse examinado para que ninguém ficasse despercebido e alienado no canto. Ao mesmo tempo, ele (sallallahu alayhi wa sallam) recitava takbir da sua casa até a oração.

Visto que a congregação que se reuniu para oração do Eid não caberia a Masjid al-Nabawi, orações do Eid eram realizadas na área aberta. O Mensageiro de Allah (sallallahu alayhi wa sallam) colocava um biombo na direção do Qibla para que ninguém se interpusesse entre ele e sua oração, e ele liderava a oração dessa forma. Ele lia a Surata de Kaf na primeira rak'ah da oração do Eid e a Surata de Kamer na segunda rak'ah.


Em Musalla (local onde realizava a oração do eid), ele realizava apenas oração do eid; Ele não faria nenhuma outra oração antes e depois, e passava seu tempo com seus companheiros.

Depois de sua oração, ele fazia um sermão aos seus companheiros; Neste sermão, que ele começava com o louvor de Allah, ele frequentemente lembrava a verdade de Allah e a vida após a morte, encorajava a obediência e excitava sentimentos em nome da consciência de responsabilidade6.

Para que todos o vissem e não fossem privados de deste benefício, ele faria seus sermões em sua montaria, enquanto os Companheiros se sentavam em suas fileiras e ouviam atentamente o Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele)

Durante o sermão, ele segurava um objeto semelhante a uma bengala em sua mão.

Ele não esquecia os necessitados e tinha demandas inesquecíveis dos seus companheiros; Durante o sermão, ele clamava a seus corações, desejava o reavivamento de generosidade deles e, como fez em outras ocasiões, solicitava ofertas com a finalidade de distribuir aos necessitados durante os dias de Eid. Ao pedir isso, ele assumia uma postura que exigia que eles demonstrassem generosidade além da caridade que eram obrigados a dar. Mesmo que Bilal (r.a.) estivesse com ele, ele ia ao lugar onde as mulheres estavam, pegava mão do Bilal e dava conselhos a elas e repetia o mesmo pedido para elas. Tanto que as mulheres que querem obedecer a essa exigência tiravam os colares, os brincos nas orelhas, os anéis nos dedos e até os tornozeleiras. Até que o pano que Bilal (r.a) colocava no chão para colher as ofertas não ficava suficiente e as doações transbordavam.

Como sempre, a oração não faltava em suas línguas abençoadas, e ele aproveitava cada momento que ficava sozinho em nome da proximidade de Allah (ﷻ). Os dias do Eid eram dos dias em que ele orava mais do que nunca.

Quando a oração terminava e chegava a hora de ir para as casas, nosso Profeta (que a paz esteja com ele) ficava no meio da mesquita e observava seus companheiros espalhando-se por toda a Medina.

Sim, em seus 23 anos de vida profética, sua causa (da’va) foi aceito e ela passou a ser representado perfeitamente; No entanto, esta causa não se limitaria ao Hijaz e alcançaria todos os pontos onde o sol nasce e se põe. Além disso, o destinatário de cada ser humano até Qiyamah seria o Islam. Por isso, em seu olhar acompanhando seus companheiros até o momento em que eles desaparecem no horizonte, era como se ele se referisse à sua ummah, que levaria a religião que ele representava amanhã ao redor do mundo!

Após a oração, o Mensageiro de Allah (sallallahu alayhi wa sallam) também visitava o mercado e lá revisava a consistência das pessoas na religião.

De acordo com as declarações Dele (que a paz esteja com ele), os dias de Eid eram dias de comer, beber e recordação de Allah; portanto, divertir-se e mostrar alegria nesses dias era considerado como regra e jejuar nos dias de eid também é considerado haram7.

Ao mesmo tempo, os dias de Eid, que são dias de alegria, são os momentos em que essa alegria se espalha pela sociedade, e se afirmar que expressar felicidade e compartilhar sua alegria com os outros são regras. É bastante significativo que o Mestre dos Mestres (que a paz esteja com ele) proíbe o porte de armas para que ninguém seja perturbado nestes dias de alegria e a festa possa ser uma “festa”!

É permitido, a diversão por ocasião do Eid, permanecendo-se no círculo legitimo. Até mesmo do próprio Profeta (que a paz esteja com ele) encorajou isso. Por exemplo, em um dia de Eid, o Mensageiro de Allah (sallallahu alayhi wa sallam) assistiu um grupo do povo de Sûdane que apresentava um musical na Masjid an-Nabawi, e preparou uma oportunidade especial para Aisha (r.a.) vê-lo. É sabido que a concubina do Hassan Ibn-i Thabit, que vinha a Umm Salama, cantava poemas no dia do Eid. O seguinte evento é bastante notável em termos de expressar a postura do Mensageiro de Allah (saws) contra tais preferências, que causam reações dos Companheiros de vez em quando:

Duas jovens de Ansar foram ter com a Aisha (r.a.) em um dia de festa, estavam cantando canções folclóricas de Buâs contendo heroísmo e se divertindo à sua maneira. Bem, naquela hora, Abu Bakr (radıyallahu anh) veio à casa do Profeta. Quando ele viu esta cena que encontrou pela primeira vez, ele se assustou e disse: "Os murmúrios de Satanas na casa do Mensageiro de Allah!" ele reagiu. Por outro lado, ele ficou com raiva de sua filha Aisha(r.a.) por ceder espaço para isso, e ele tinha começado a culpar ela. Nosso Profeta (que a paz esteja com ele), que soube do assunto, voltou-se para Abu Bakr (r.a.) e disse: "O Abu Bakr!" disse. “Cada povo tem uma festa; esta é a nossa festa!”

As crianças também recebiam sua parte das festas de nosso Profeta (que a paz esteja com ele); Ele se sentava com eles, ouvia seus problemas e acariciava suas cabeças afetuosamente. Em um dos eids, ele viu um menino chorando em suas roupas velhas e lentamente se aproximou dele e disse: “Meu querido! Qual é seu problema; por que você está chorando?" Incapaz de perceber que foi o Mensageiro de Allah (sallallahu alayhi wa sallam) que lhe fez esta pergunta, a criança disse primeiro: "Seja você quem for, afaste-se de mim!" ele disse, e então ele começou a desabafar:

- Porque quando meu pai foi martirizado enquanto lutava junto com o Profeta, minha mãe se casou com outra pessoa. Ele tirou tudo de mim e me expulsou de sua casa! Não tenho comida, nem bebida, nem roupa! Eu não tenho uma casa para colocar minha cabeça! Além disso, a minha tristeza aumenta ainda mais quando vejo que estas crianças, que têm pais que cumprem todos os seus desejos, acariciam a cabeça com ternura e compram roupas novas para eles, se divertem e brincam, penso no meu estado e choro!

Então, o Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele) pegou a mão da criança e disse: "Você não quer isso?" disse. “De agora em diante, eu serei seu pai; Aisha também, sua mãe! Que Fátima seja sua irmã, Ali seja seu tio, e Hasan e Hüseyin sejam seus irmãos! "

Percebendo que seu interlocutor era o Mensageiro de Allah (que a paz esteja com ele) e segurando a mão compassiva do Amado Profeta onde ele pensava ter perdido tudo, o menino esqueceu todos os seus problemas e estava olhando para seu rosto abençoados com olhos sorridentes! Enquanto ele estava se contorcendo em pesadelos, ele acordou para uma nova festa e disse: "Como posso não querer, ó Mensageiro de Allah! disse. Ele agarrou-se às mãos abençoadas que se estendiam para ele e, como uma criança coroada, fez o seu caminho para a casa da família mais afortunada do mundo.8


1. Sunan Ibn Majah 1722

2. Sunan Ibn Majah 1827

3. Sunan Ibn Majah 1098

4. Tirmidhi 530

5. Sunan Ibn Majah 1296, Bukhari 425

6. Sunan an-Nasa’i 1579

7. Sunan Ibn Majah 1722

8. At Tarikhul Kabir of Imam Bukhari, vol. 2 pg. 55

9. Sunan Ibn Majah 1782


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