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O Registro Esclarecedor e o Livro Esclarecedor

Atualizado: 7 de out. de 2021

Por exemplo, uma semente exibe o Destino de duas formas: Demonstrando o Registro Esclarecedor (Imamum Mubin) e exibindo o Livro Esclarecedor (Kitabun Mubin).


O Registro esclarecedor, outro título do Conhecimento e Comando Divino, inclui todas as coisas e eventos no universo. Isto é, cada coisa e evento têm uma pré-existência no Conhecimento Divino. Quando é tempo para eles aparecerem no mundo ou quando a vontade de Allah os traz para o mundo, Ele os revestiu com o material existente.


O Registro Esclarecedor se refere a esse fenômeno. Uma semente contém a vida futura da planta que crescerá dela. A vida da planta também termina em sementes, cada uma pode ser considerada a memória da planta. As novas plantas que crescerão dessas sementes serão quase idênticas à planta original, porque nenhuma delas tem espírito consciente dotado com livre arbítrio. Assim, além de servir como uma analogia para o Registro Esclarecedor e, portanto, o Destino Divino e o Conhecimento, uma semente indica também A Suprema Tabua Preservada (Lauhun Mahfuz) e equivale à memória humana no reino humano. Além disso, porque uma semente indica que as histórias da vida das criaturas estão registradas, ela também indica pontos da Outra Vida.


O Livro Esclarecedor é outro título da Vontade Divina e as leis de Allah quanto à criação e operação do universo; Se nos referirmos ao Registro Esclarecedor como o Destino Formal ou Teocrático, o Livro Esclarecedor pode ser considerado como o Destino Real. A forma futura de crescimento total de uma planta ou de um ser vivo que mostra todos os conteúdos de uma semente ou óvulo fertilizado, podem ser compreendidos como seu Verdadeiro Destino.


Em resumo, como as sementes ou as plantas, ou os óvulos fertilizados e seres vivos, tudo que existe aponta claramente para o Destino Divino, determinando e julgando, bem como medindo, particularizando e individualizando. Verdadeiros sonhos que nos informam de certos eventos futuros são outras inegáveis indicações do Destino ou da predeterminação Divina.


PERGUNTA: Por que a crença no Destino constitui numa das essências da fé?


RESPOSTA: O nosso autoconceito e fraca devoção nos levam atribuir as nossas realizações e boas obras a nós mesmos e sentir-nos orgulhosos de nós mesmos. O Alcorão, porém, afirma especificamente:

“Apesar de Allah vos ter criado, bem como o que elaborais?” (37:96), significando que a Compaixão Divina exige boas obras e o Poder de Allah os cria. Se analisarmos as nossas vidas, eventualmente descobrimos e admitimos que Allah nos dirige para os bons atos e geralmente nos previne de cometermos o que é errado.


Além disso, nos dotando com capacidade suficiente, poder e meios de realizarmos muitas coisas, Ele nos capacita conseguir muitas realizações e boas obras. Já que Allah nos dirige para as boas obras, faz-nos desejá-las e então fazê-las; a verdadeira causa das nossas boas obras é a Vontade Divina. Podemos “possuir” as nossas boas obras apenas através da fé, sincera devoção, orar para ser merecedor deles, conscientemente crendo na necessidade deles, e estando satisfeito com o que Allah tem ordenado. Dando isso, não há razão para nos jactar-nos ou nos orgulhar; ao contrário, devemos permanecer humildes e agradecidos a Allah.


Por outro lado, gostamos de negar a responsabilidade pelos nossos pecados e más ações, por atribuí-las ao Destino. Mas, uma vez que Allah nem gosta nem aprova esses atos, todos eles pertencem a nós e são cometidos por agirmos de acordo com o nosso livre arbítrio. Allah permite os pecados e nos concede formas externas, pois se Ele não o fizesse, o nosso livre arbítrio seria sem sentido. Os pecados são resultados das nossas decisões, através do nosso livre arbítrio, para o pecado. Allah nos convoca e nos orienta para as boas obras, mesmo inspira-os conosco, mas o livre arbítrio nos capacita desobedecer ao nosso Criador. Portanto, nós “possuímos” os nossos pecados e más ações. Para nos protegermos contra o pecado e as tentações de Satã e a nossa vontade carnal, devemos lutar para remover ou disciplinar nossas inclinações para o pecado através do arrependimento e o pedido de perdão para eles. Além disso, devemos direcionar e exortar a nós mesmos para praticarmos boas obras através da oração, da devoção e da confiança em Allah.


Em resumo, porque temos o livre arbítrio e prescritos para seguir obrigações religiosas e refrear-nos dos pecados e das más obras, não podemos atribuir os nossos pecados a Allah. O Destino Divino existe para que os crentes não sintam orgulho de seus “próprios” bons atos, mas ao contrário, agradecerem a Allah por eles. Temos livre arbítrio para que as rebeliões carnais não escapem da consequência de seus pecados. Um segundo e importante ponto é que geralmente lamentamos os eventos e os azares do passado. Mais ainda, algumas vezes ficamos desesperados e abandonamos a nós mesmos a uma vida dissoluta, e podemos mesmo começar a nos queixarmos contra Allah. Porém, relacionamos eventos passados e azares com o Destino e nos sentimos aliviados, seguros e consolados. Assim, o que quer que aconteceu no passado deve ser considerado à luz do Destino; o que virá a acontecer, bem como os pecados e questões de responsabilidade, devem ser referidos ao livre arbítrio humano. Dessa forma, os extremos do fatalismo e negação do papel do Destino nas ações humanas (o ponto de vista dos mu’tazila) estão reconciliados.


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