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Por Que Allah Criou Leis Naturais e Causas?


No próximo mundo, o domínio do Poder, Allah executará a Sua Vontade diretamente. Uma vez que lá não haverá “causas”, tudo acontecerá instantaneamente. Mas aqui, o reino da Sabedoria, o Nome Divino, o Onisciente requer o Poder Divino para operar atrás do véu de causas e leis de várias razões, entre eles o seguinte:


• Os opostos são associados neste mundo: a verdade com a falsidade, a luz com as trevas, o bom com o mau, e assim por diante. Uma vez que a nossa natureza humana nos inclina a ambos, o bom e o mau, somos testados para ver se usamos ou não nosso livre arbítrio e outras faculdades no caminho da verdade e do bem. A Sabedoria Divina requer que causas e leis devem ocultar as operações do Poder Divino. Se Allah quisesse, Ele poderia instruir os planetas com Suas “mãos” de forma que pudéssemos ver, ou Ele pudesse tê-los administrados por anjos visíveis. Se esse fosse o caso, não teríamos necessidade de falar de leis ou causas envolvidas. Para comunicar Seus Mandamentos, Ele poderia falar para cada indivíduo diretamente, sem enviar profetas. Para nos fazer crer na Sua existência e Unicidade, Ele poderia escrever Seu Nome com estrelas no céu. Mas, então, a nossa existência na terra não seria uma arena de provas. Como resultado dessa prova, desde o tempo de Adão e Eva o bem e o mal fluem através desse mundo no próximo para encher seus dois poderosos bolos do Paraíso e do Inferno.


• Como um espelho de dois lados, a existência tem dois aspectos ou dimensões: um visível e material, o reino dos opostos e (na maioria dos casos) imperfeições; e um reino espiritual que é transparente, puro e perfeito. Lá pode haver – e realmente há – eventos e fenômenos na dimensão material que não gostamos. Aqueles que não conseguem perceber a Onisciência Divina por trás de todas as coisas podem criticar o Onipotente por tais eventos e fenômenos. Para prevenir isso, Allah fez as leis naturais e causas e ocultam Seus atos. Por exemplo, para não criticarmos nem a Allah nem ao Seu Anjo da Morte pela nossa morte ou pela morte de outros, Allah criou as doenças e os desastres naturais (entre outros agentes ou causas) entre Ele e a morte. Devido a essa imperfeição essencial deste mundo, experimentamos muitas deficiências e defeitos. Em termos absolutos, cada evento e fenômeno é bom e bonito em si e em suas consequências. O que Allah faz ou decreta é bom, bonito e justo. A injustiça, a feiura e o mal são apenas aparentes ou superficiais, e surgem por causa dos erros e abusos humanos. Por exemplo, uma corte pode decretar contra nós injustamente, mas nós devemos saber que o Destino o permitiu por causa de um crime oculto que nos pertence. O que nos acontece geralmente é devido aos próprios erros ou por causa de um mal que cometemos. Porém, aqueles que não conseguem entender a Onisciência Divina por trás dos eventos e fenômenos podem imputar o resultado da feiura aparente ou do mal, imperfeição e deficiência, diretamente a Allah, apesar de Ele não ter defeito ou imperfeição. Para prevenir tais erros, a Sua Glória e Grandeza requerem que as causas naturais e leis ocultem Seus atos, enquanto a crença em Sua Unidade requer que essas causas e leis não sejam atribuídos a qualquer poder criativo.


• Se o Onipotente Allah agisse aqui diretamente, não teríamos desenvolvido a ciência, conhecido a felicidade, ou sermos livres da apreensão e do medo. Graças à ação de Allah por trás das causas naturais e das leis, podemos observar e estudar padrões nos fenômenos. Senão, cada evento seria um milagre. O fluxo natural e a mutabilidade dos eventos e dos fenômenos os tornam compreensíveis para nós, e assim despertam os nossos desejos de pensar e refletir, que é o principal fator na ciência. Pela mesma razão, até certo ponto, podemos planejar e arranjar os nossos assuntos. O que seriam as nossas vidas se não tivéssemos certeza de que o sol surgiria amanhã?


• Quem quer que tenha tais atributos como bonitos e perfeitos deseja conhecê-los e fazer serem conhecidos. Allah possui absoluta beleza e perfeição e, sendo independente de todas as coisas não necessita de nada. Ele também possui um sagrado e transcendente amor, e possui um desejo sagrado de manifestar a Sua Beleza e Perfeição. Se Ele manifestasse Seus Nomes e Atributos diretamente, nós não os suportaríamos. Ele, portanto, manifesta-os por trás das leis e das causas, e de graus dentro dos limites do tempo e do espaço, de forma que possamos construir uma conexão com eles, e criticá-los e percebê-los. A manifestação gradual dos Nomes e Atributos Divinos é também uma razão para a nossa curiosidade e imaginação sobre eles.


Esses quatro pontos são apenas algumas das razões pelas quais Allah age através das leis naturais e as causas.


NOTA FINAL: Allah, o Onisciente, o Originador e Onipotente


No livro “Man Does Not Stand Alone” (O Homem Não Está Sozinho) A.C. Morrison chama a nossa atenção para muitos belos e complicados fenômenos na natureza:

A vida é escultora e forma todas as coisas vivas; um artista que desenha cada folha de cada árvore, que clore as flores, a maçã, a floresta e a plumagem do pássaro do paraíso. A vida é um músico e tem ensinado cada pássaro a cantar seus melodiosos sons, os insetos a chamarem um ao outro na música nos seus múltiplos sons.

A vida tem dado somente ao ser humano domínio sobre combinadas vibrações sonoras e lhe forneceu o material para a sua produção.

A vida é um engenheiro, uma vez que desenhou as patas do gafanhoto e da pulga, os músculos coordenados, as alavancas e as juntas, o incansável coração pulsante, o sistema elétrico dos nervos de cada animal e o sistema completo de circulação de cada ser vivente.

A vida é um químico que dá sabor às nossas frutas e aos nossos temperos e perfuma as rosas. A vida sintetiza novas substâncias que a Natureza ainda não providenciou para equilibrar os seus processos e destruir os invasores da vida... A química da vida é sublime, uma vez que ela somente faz preparar os raios solares efetuar mudanças na água e ácido carbônico em madeira e açúcar, mas, em fazendo isso, produz oxigênio que os animais têm de respirar para viver.

A vida é um historiador, pois escreveu a sua história página por página, através das idades, deixando o seu registro nas rochas, uma autobiografia que somente aguarda correta interpretação.

A vida protege suas criações pela abundância de alimento no ovo e prepara muitos de suas crianças para a vida ativa após o nascimento, ou por consciência materna, armazena alimento preparado para sua criança. A vida produz leite vital para suprir necessidades imediatas prevendo sua necessidade e preparando para os eventos do porvir.

A matéria nunca fez mais do que suas leis decretam. Os átomos e as moléculas obedecem às injunções da afinidade química, à força gravitacional, às influências da temperatura e aos impulsos elétricos. A matéria não tem iniciativa, mas a vida faz surgir maravilhosos novos desenhos e novas estruturas.

O que a vida é, nenhum ser humano esquadrinhou; ela não possui peso ou dimensões. A natureza não cria a vida; as rochas combustíveis e o mar sem sal não preenchem as necessidades exigidas. A gravidade é uma propriedade da matéria; a eletricidade, acreditamos agora que é matéria em si; os raios solares e as estrelas podem ser desviados pela gravidade e parecem ser a fim deles. O ser humano está estudando as dimensões do átomo e medindo o seu poder latente. Mas a vida é ilusória, como o espaço. Por quê?

A vida é fundamental e o único meio pelo qual a matéria pode ser compreendida. A vida é o único recurso da consciência e somente ela torna possível o conhecimento do trabalho de Allah, que nós continuamos meio cegos, apesar de sabermos ser bom. (A.C. Morrison, “Man Does Not Stand Alone.” – Nova York, 1945 – 31-6).


Morrison escreveu mais adiante: O tordo que fez ninho na sua porta vai para o sul no inverno, mas retorna para o seu velho ninho na primavera. Em setembro, bandos da maior parte dos nossos pássaros voam para o sul, mais de que mil e quinhentos quilômetros de amar aberto, mas não perdem o caminho. Os pombos-correios confundidos por novos sons numa longa jornada em uma caixa fechada, circulam por um momento e então voam quase infalivelmente para casa. A abelha encontra sua colmeia enquanto o vento balança as relvas e as árvores borram cada guia visível para seus paradeiros. Esse senso doméstico é ligeiramente desenvolvido no ser humano, mas ele suplementa seu escasso equipamento com instrumentos de navegação. Os minúsculos insetos parecem ter olhos microscópicos, quão perfeitos não sabemos, e os falcões, as águias e o condor parecem ter visão telescópica. Aqui, novamente, o ser humano os ultrapassa com instrumentos mecânicos. Se você deixar o velho cavalo sozinho ele irá continuar na trilha na noite mais escura. A coruja consegue ver o rato quente que corre na relva fria na noite mais escura.

A concha normal cujos músculos nós comemos tem várias dúzias de belos olhos muito parecidos com os nossos, que piscam porque cada olho possui inumeráveis pequenos refletores que servem para capacitá-lo ver de lado. Esses refletores não são encontrados no olho humano. Será que esses refletores se desenvolvem por causa da ausência de um poder de cérebro superior na concha? Como o número de olhos varia de dois para milhares, e todos são diferentes, a natureza deve ter tido muito trabalho no desenvolvimento da ciência ótica a menos que Allah, o Onisciente, o Originador e o Onipotente têm predestinado e predeterminado todas as coisas.

A abelha não é atraída pelas vistosas flores como as vemos, mas ela as vê através da luz ultravioleta, que as torna mais belas para as abelhas. Desde os raios da baixa vibração às placas fotográficas e, além disso, há reinos de beleza, alegria e inspiração. As abelhas operárias fazem câmaras de tamanhos diferentes nos favos utilizados para a procriação. As pequenas câmaras são construídas para as operárias, umas maiores para os zangões e câmaras especiais para as perspectivas rainhas. A abelha rainha deixa os ovos sem fertilização nas celas designadas para os machos, mas deixa os ovos fertilizados nas câmeras apropriadas para as abelhas fêmeas e às possíveis rainhas. As operárias, que são as fêmeas modificadas, tendo antecipado a vinda da nova geração, são também preparadas para fornecerem alimento para as pequenas abelhas mastigando e digerindo mel e pólen. Elas param o processo de mastigar, incluindo a digestão num certo estágio de desenvolvimento dos machos e das fêmeas, e alimentam somente com mel e pólen. As fêmeas assim tratadas se tornam as operárias.

O cão com um olfato inquisidor consegue sentir o animal que passou. Nenhum instrumento das invenções humanas acrescentou ao nosso sentido inferior de olfato, nem sabemos onde começar investigar sua extensão. Todos os animais ouvem sons, muitos dos quais estão fora do diapasão da vibração com uma agudeza que ultrapassa de longe o nosso limitado senso de ouvir.

O pequeno salmão permanece anos no mar e volta para o seu próprio rio, e mais, viaja na direção contra correnteza do rio para render tributo ao local em que ele nasceu. Se o salmão, subindo o rio é levado a outro local, ele desce novamente a correnteza e volta novamente contra a correnteza até encontrar o seu destino. Há, porém, um problema mais difícil no exato reverso para resolver no caso da enguia. Essas surpreendentes criaturas migram na maturidade de lagoas e rios de todos os lugares – da Europa através de milhares de quilômetros do oceano – para irem para profundezas abismais ao sul de Bermuda. Lá elas se procriam e morrem. Os novos com nenhum meio aparente de nada conhecer além de que estão em águas estranhas, começam a viagem de volta e encontram o seu caminho para o local de onde seus pais vieram. Dalí para todo rio, lago e lagoas, de tal forma que cada porção de água está sempre repleta por enguias.

Os animais parecem ter telepatia. Quem não observou com admiração a lavadeira voando e girando até que todo peito branco se mostre à luz do sol no mesmo instante? A fêmea da mariposa que ingressa em seu sótão por uma janela aberta envia um sutil sinal. Sobre uma área inacreditável, a mariposa macha, da mesma espécie, capta a mensagem e responde apesar de suas tentativas de produzir cheiros laboratoriais para desconcertá-las.

Os vegetais fazem sutil uso de agentes involuntários para dar continuidade as suas existências – Os insetos carregam o pólen de flor em flor e o vento e tudo que voa ou caminha distribui as sementes. Finalmente, os vegetais enganaram o homem autoritário. Ele aperfeiçoou a natureza e ela generosamente o recompensa. Mas ele multiplicou tão prodigiosamente que ele está agora acorrentado ao arado. Ele deve semear, colher e armazenar; procriar e cruzar; podar e enxertar. Se ele negligenciar essas tarefas, a fome será a sua sorte, a civilização se desintegrará e a Terra voltará para o seu prístino estado. (A.C. Morrison, “Man Does Not Stand Alone” – Nova York, 1945, 49-57).


Todos esses hábitos ou distintos, instintivos atos, que devem ter sua origem bem no início da vida na Terra, são resultado do acaso ou de uma provisão inteligente? Devemos refletir porque certos animais são mais desenvolvidos de que os seres humanos em terem certas faculdades? Dentre todas as criaturas vivas que vaguearam na Terra nenhum tem registro de poder razoável que pode ser comparado com os da humanidade. O que nós chamamos de natureza é totalmente cega, insensata, inconsciente e ignorante. Homens e mulheres, que são os únicos seres inteligentes na Terra, nada podem fazer do que tentar explicar todos esses fenômenos milagrosos; não conseguem mesmo controlar seus próprios corpos. Não exibe isso, acaso, uma suprema determinação, conhecimento de tudo, e um absoluto poder e, de tal modo, Um Que tem tudo isso?

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